UMA OUTRA VISÃO DO MULTIVERSO

Por: João H L Ferreira

 

A mente mais brilhante da humanidade, em minha opinião, foi o astrofísico Stephen Hawking. Ele teorizou e criou modelos matemáticos para explicar o Universo, espaço, tempo e gravidade. Escreveu várias obras que traduziam os seus trabalhos para o público em geral. Entre elas Interpretação de Muitos Mundos, resumindo para leigos os modelos matemáticos sobre a teoria quântica, aprimorando estudos que demonstram a existência de Universos paralelos.

 

Além dos estudos acima, realizou avanços sobre a teoria do BIG CRUNCH, ressuscitando a mesma.

 

Baseado na teoria de que, no momento inicial do BIG BANG, o fenômeno criou um buraco negro gigantesco no centro do Universo que,. mais cedo ou mais tarde, dependendo da densidade do Universo, irá diminuir a sua velocidade de expansão, atraindo para sí toda a matéria e energia, fazendo com que, ao final do processo, haja uma aglutinação de toda a matéria e energia em um único ponto (BIG CRUNCH), possibilitando com que haja um outro BIG BANG, abrindo discussão sobre se o Universo é um sistema aberto ou fechado. Com a teoria do BIG CRUNCH, o Universo seria um ciclo de infinitos BIG BANG / BIG CRUNCH.

 

O que interessa para a nossa exposição, no entanto, não é a discussão se o Universo é um sistema aberto ou fechado, mas sim que o trabalho de Hawking aponta para uma MULTIPLICIDADE de Universos, seja em nível quântico, seja em nível macro.

 

Em nível quântico temos Universos paralelos construídos em concomitância. No BIG CRUNCH temos uma multiplicidade de universos ocorrendo em ciclos, onde cada ciclo pode ser representativo das múltiplas escolhas individuais tomadas por cada um de nós.

 

Peço atenção para o fato de que, na construção do nosso último modelo sistemático de Universo, para conjugar o livre arbítrio do homem, com imputabilidade pelos seus atos e a onipotência, onisciência, onipresença de Deus, seria necessário a criação de múltiplos Universos e que, nesse sistema, Deus seria um ser metafísico que enxerga o tempo de forma não linear. Isso implicaria que ele estaria ao mesmo tempo presente no primeiro e em todos os ciclos de BIG BANG / BIG CRUNCH.

 

Isso me deixa sem fôlego ao pensar na grandiosidade divina.